terça-feira, 23 de março de 2010

Dilema de um mundo moderno

Primeiro quero deixar claro que eu adoro gays. Eles têm tudo o que as mulheres procuram. Em geral são bonitos ou pelo menos bem cuidados, além de inteligentes e sensíveis. Eu realmente acredito que todos nós podemos e devemos assumir nossos desejos e ir atrás daquilo que cada um chama de felicidade. Se todos nós fizéssemos isto, com certeza teríamos menos infelizes depressivos pelo mundo, tentando carregar o pequeno fardo de ser o que não é numa sociedade aparentemente evoluída, mas ainda arraigada em alguns valores passados.
MAS, como tudo na vida tem um “mas”, tenho que admitir que toda esta liberação sexual está trazendo a tona algumas situações inusitadas e freqüentes no meu dia a dia. Cada vez mais ouvimos notícias de pais de famílias que largaram esposa e filhos para viver com outro homem, amigos de infância que até já namoraram conhecidas nossas, resolvem sair do armário e assumir sua homossexualidade. Além disso, é freqüenta nas minhas idas à restaurante bacaninhas, bares , festas, e encontrar homens lindos e bem vestidos que nem passam seus olhares para as mulheres do ambiente. Ou apenas para reparar na roupa, maquiagem ou acessório utilizado pela mulherada.
Enfim, dentro de todo este contexto, a pergunta que vive rodeando a mulherada é: SERÁ QUE ELE É GAY? Tudo bem, pode ser que eu esteja sendo injustiça com os ainda heterossexuais, mas a verdade é que no mundo de hoje eles vivem sendo testados, mesmo que a maioria ainda nem tenha se dado conta.
Analisamos os gestos, gostos, roupas e escolhas para tentar definir em que time o cara mais se encaixa. Antes de iniciar uma relação com alguém, dentro daquele check list mental que sempre existiu, eis a primeira pergunta: “será que é gay?”. E mesmo assim, na ansiedade de sair com um novo paquera, ocorre uma flexibilidade na dureza do julgamento, deixando apenas aquele pontinho de interrogação que só é permitido admitir para a amiga mais íntima.
EXAGERO? Pode até ser, mas isto não é mais uma atitude racionalizada. É instintivo. E o pior de tudo é que quando os homens se derem conta do triste fato, vão procurar esconder sua sutil sensibilidade para se provarem machões e aí sim, afastar ainda mais o sexo oposto.
"Todos nós somos escritores, a diferença é que alguns escrevem outros não.”
José Saramago.



Por que fazer um Blog? É que já vem de um tempo esta minha observação apurada das coisas que me cercam, fatos que me surpreendem no meu dia-a-dia. Daí a necessidade de colocar para fora todas estas idéias, compartilhar críticas às vezes mais humanistas, às vezes mais ácidas, podendo ser até cruel em alguns pontos de vistas mais conservadores.
Quem sou eu? Uma mulher beirando os 30 que vive intensamente, que já sofreu por amor, que tem sua carreira como um dos grandes objetivos de sua vida e que é apaixonada por seres humanos. Os seres e suas organizações, em seus diferentes habitats, ou seja, como se amontoam, se relacionam, como interagem entre si.
Tenho que admitir passar por fases de profunda decepção com os seres humanos, achar que nada mais na vida faz sentido que é tudo em vão. Mas sempre aparece alguém, um ato, uma situação que me mostra que é claro que vale a pena e que a vida é muito mais do que aquilo que conseguimos ver e sim o que conseguimos sentir. Que existem sim boas almas, e elas estão por todos os lugares.
Aqui neste espaço vou dividir minhas experiências, minhas observações e indignações. Vou registrar o que dia-a-dia vai formando o que sou e o que serei. O nome do Blog é apenas uma alusão ao caderninho que carrego na bolsa, onde anoto as inspirações diárias.
Sejam bem vindos!