quinta-feira, 3 de março de 2011

Seria hipócrita afirmar que não gosto de dinheiro. Como todas as pessoas normais, eu adoro dinheiro. Dinheiro para viajar, comer bem, gastar no shopping e melhor de tudo, ter tranqüilidade na hora de colocar minha cabeça no travesseiro e saber que meu balaço financeiro está ok.

Mas a linha do desejo é infinita, vai da quantidade mínima para a subsistência (quem deseja este ponto da linha imagino ser pessoas muiiito iluminadas espiritualmente) até o infinito. Vale citar aquele poema de Mario Quintana que diz que não basta querer dinheiro para morar dignamente e poder ir no cinema de vez em quando...mas desejamos o apartamento na praia, o último carro do momento, roupas, jóias, status, etc, etc............ INFINITO.

Dessa maneira, vemos um vale-tudo atrás das verdinhas (naquela linha de que o Fim justifica os Meios, mas para que queremos o tal do Fim?!).

Aqueles que eu chamo de operários (assalariados como eu) trabalham até altas horas, final de semana, tudo em busca daquele sagrado bônus que pode vir futuramente. Os mais abonados também querem mais, são negócios e mais negócios e nem sempre respeitando a ética e o bom senso. As verdinhas valem mais.

Nesta correria atrás dos nossos “desejos” tão maravilhosos, eu tenho constato que nos esquecemos algumas vezes de duas coisas básicas que o tal dinheiro não compra, e olha não vou falar aqui de Felicidade, já que é algo muito abstrato e relativo. Mas vou falar de duas coisas super objetivas: Dinheiro não compra Tempo nem Saúde. E coincidentemente a busca louca por dinheiro consome Tempo e Saúde!

Eu quero tempo para amar mais, saúde para desfrutar mais, tempo para ler mais, saúde para dançar mais, tempo para viajar mais, saúde para viajar mais (de novo!), tempo para não fazer absolutamente nadinha de nada, saúde para dar e esbanjar. E ponto FINAL!

Um comentário:

  1. Ca, se procurarmos na literatura algo para explicar tal necessidade seria "A pirâmide de Maslow" onde aponta para a auto-realização que entendo 3 caminhos distintos:

    1° Seria viver todos os patamares onde as conquistas lhe mostram suas habilidades e lhe trazem o reconhecimento através de outras pessoas.

    2° A iluminação, como que um dia pausar um projeto voltar e ter a ciência da necessidade e importância da continuidade.

    3° O encontro do seu próprio "EU" através da procura constante e determinada de tudo aquilo que vivemos e paramos para interpretar tal acontecimento.

    Encontrar a auto realização é encontrar a resposta para a sua participação neste mundo.
    Você sabe do meu direcionamento para algo maior para mim e para os outros, algo como sustentável não perdendo tempo com que já sabemos que não faz parte do contexto da auto realização que descobri e escrevi em um papel a alguns anos atrás em uma noite onde perdi o sono mas encontrei meu verdadeiro eu.

    Sair do caminho dos ratos e abrir mão de tudo aquilo que as nos afasta de nós mesmos valorizando e percebendo toda a verdade que nos envolve este é o caminho que se deve iniciar a procura.

    ENSINAMENTO SHAMBHALA

    Uma verdade básica dos ensinamentos de Shambhala é que todos nós desejamos levar uma vida sadia, digna e segura, e que isso é possível. Se observarmos diretamente nossa experiência, descobriremos uma continuidade de estados de vigilância subjacentes a todas as demais condições mutáveis. Essa presença total, desperta, permite-nos viver direta e plenamente nossa vida. No Aprendizado Shambhala, chamamos isso de "bondade fundamental".

    Breno Roberto Lima

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