sábado, 5 de março de 2011

FELICIDADE REALISTA por ??!!??

No post anterior eu citei um texto que atribuí ao Mario Quintana, mas enquanto procurava na net o texto integral para colocar aqui, li em alguns sites que este texto na verdade é da Marha Medeiros. Enfim, não sei quem é o verdadeiro autor, mas continuo achando que vale MUITO a pena desfrutar o texto abaixo....quero deixá-lo registrado aqui no caderninho roxo. :-)

" De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.
Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor… não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares? Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.
Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.”

3 comentários:

  1. Camilla, concordo demais com você. Parar de correr atrás da felicidade idealizada e abandonar o mito da felicidade, pode ser um trampolim pro conforto emocional e se permitir viver mais leve, incluindo beijo, transa, relacionamento, mas sem a paranóia de exigir que um outro te faça feliz, o que é uma ilusão e muito menos achando que você pode fazer o outro feliz, o que é uma pretensão.
    É uma pena que esse conceito seja bastante impopular, pois geralmente o que se estabelece é um padrão romântico inatingível e o resultado é exatamente o contrário, infelicidade e frustração.
    Não sei se já leu, mas saiu na Folha há um tempo atrás uma artigo interessante do Flavio Gikovate sobre isso.

    http://www1.folha.uol.com.br/folha/equilibrio/noticias/ult263u390722.shtml

    Não vi o que ele falou como uma doutrina, uma ideologia, mas como uma escolha real e possível de vida.

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  2. muito legal a entrevista. vou por um trechinho aqui para deixar registrado e incluir na minha lista de livros que quero ler:
    "Uma História de Amor...com Final Feliz". Trata-se, na verdade, de dois finais. Um deles aponta para um novo molde das relações afetivas: "O romantismo do século 21 não será mais essa idéia de fusão de duas metades, e sim a aproximação de dois inteiros. Uma coisa mais parecida com a amizade, com mais afinidade intelectual do que física". A outra opção de final feliz, diz, é a solidão -tão temida.
    Sabe, eu acredito nisso tudo e cada vez mais tento levar minha vida assim, diríamos, mais leve. Mas ainda é difícil se livrar de alguns "padrões" do que é certo e errado, do que é bom e do que é ruim...tem coisa bem enraizada que precisa ser tocada com cuidado para não machucar.
    Mas acho que este texto que fala de Felicidade Realista resume bem o que eu busco de verdade para minha vida!Só de saber o que se quer e não se iludir com uma felicidade irrealista, já é um excelente caminho, não acha? Beijooo e Obrigada por seus comments sempre SUPER construtivos.

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  3. Ca.....adorei e vale ressaltar que a visão deste novo tipo de relacionamento sim é a evolução e não a contemplação do surrealismo, acredito ainda que a felicidade não só esta dentro de nós mesmos mas temos o dever de radiar e assim revitalizar a cada momento, fazendo isso não estaremos criando expectativas e sim realizando e compartilhando sonhos que eram impossiveis.

    Breno Lima

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