No final de 2012 rolou um boato
que o mundo ia acabar. Tinha gente levando a coisa a sério, esperando o grande
dia com data e horário marcado, quando o céu ficaria negro, estouros e lampejos
brilhariam neste fundo escuro, o chão se abriria e tudo sucumbiria.
Pois é, mas nada disso aconteceu.
Acordamos neste dia, trabalhamos, enfrentamos os mesmos problemas de sempre e
fomos dormir ainda na esperança de que poderia acontecer algo, mas nada. Quanta decepção.
Hoje eu consigo entender
claramente o que era este fim do mundo. Não ia ser algo pontual, rápido e
indolor.
O fim do mundo é quando Seres Humanos
passam a se tratar como bichos, ou talvez esta seja uma comparação até injusta com os bichanos. É
quando um cara te olha pasmo num metro lotado assim que você pede desculpa por
pisar no seu pé. É quando um celular, uma moto ou alguns mirréis passam a valer
mais do que a VIDA. É quando se coloca fogo em outra pessoa por qualquer motivo que seja. É quando matar, roubar e estrupar passam a ser rotina no
noticiário.
Vivo na maior cidade do meu país e a cada dia
que me levanto, vejo claramente este fim do mundo.
Vivemos prisioneiros dentro de
nossas próprias casas.
E o fim do mundo vai chegando,
devagarzinho, machucando, matando.
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