domingo, 13 de fevereiro de 2011

Não sou defensora de nenhuma religião específica. Na verdade, estudando um pouco o tema, posso concluir o quanto existem coisas parecidas, mas com denominações diferentes em cada uma das religiões...com um objetivo em comum, a comunhão com Deus, Alá, Luz Superior, ou como quiserem chamar.
Esta minha busca é constante e costumo passar por  diferentes religiões/templos, tirando de cada uma delas aquilo que me cai como verdadeiro e ajuda a  manter a minha ligação com Ele ainda mais forte.
Sendo assim, hoje resolvi ir a missa, coisa que há tempos não fazia, apesar de ser uma de uma família tradicionalmente católica e praticante! E é de uma parte do Evangelho de hoje que eu quero falar aqui...dentro de um texto lindo, que falava a importância da pureza nos nossos corações, tinha o seguinte trecho:

" Quem se divorciar de sua mulher, dê lhe uma certidão de divórcio. Eu, porém vos digo: Todo aquele que se divorcia de sua mulher, a não ser por motivo de união irregular, faz com que ela se torne adúltera; e quem se casa com mulher divorciada comete adultério".

Não consegui entender o significado de "união irregular", mas deixando isso de lado eu fiquei pensando na quantidade de mulheres divorciadas que estavam sentadas ali  na igreja. Muitas delas foram buscar algum conforto, a comunhão com o Pai e ouvem que por que são divorciadas não poderão nunca mais se envolver com ninguém que estarão cometendo adultério (?!). Estão condenadas a solidão. É uma pregação de culpa que é tudo o que o ser humano menos precisa.
Apesar de minha fé, não consigo deixar de questionar, de filtrar aquilo que  é falado...fico tentando adivinhar em qual das Idades Média que a Igreja Católica ainda vive...

2 comentários:

  1. “união irregular” em Mateus 5: 31,32, aparece em outras traduções como “fornicação” ou a prática de sexo fora do casamento. Pela lei judaica na época de Jesus, o marido podia separar-se da mulher, caso descobrisse que ela transou com outro homem, em muitos casos só a denuncia, sem provas, bastava para ele deixá-la. Mas a mulher jamais poderia deixar um homem, mesmo que todos soubesse que ele estaria transando com varias mulheres.
    Tentar pensar a sociedade de hoje pelas regras duma sociedade antiga que já não existe mais é uma coisa chamada anacronismo. Religiões cristãs (católica e evangélica) resistem fazer revisões e atualizações do que bíblia diz, por medo de diluição da doutrina. Quando os evangelhos foram escritos, seus autores imaginam que o mundo acabaria no apocalipse somente uns poucos anos além da época deles. O problema é que durou bem mais tempo do que imaginavam.

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  2. Boa...eu venho de uma família também tradicionalmente católica praticante e a minha primeira interpretação foi a mesma que a sua, porem quando procuramos entender o ponto de vista da época, penso que deixar a pessoa com vida era muito.rsssssss visto que alguns países apedrejar mulheres que dizem ter cometido adultério ainda é normal e freqüente.
    Acredito que devemos encontrar dentro das instituições ou doutrinas um direcionamento porem não nos culpar por pensamentos mas tambem parar para refletir e tirar algo positivo, mesmo que uma ótica totalmente distorcida nos dias de hoje.

    Breno Lima

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